quarta-feira, 18 de maio de 2011

Grupo da Saúde também relembram a história

Na manhã de quarta-feira, dia 18 o grupo de Saúde coordenado pelo psicólogo Fabrício visitam o museu e relembram fatos e curiosidades de épocas passadas.

Escola Estadual de Ensino Médio Raimundo Correâ - Alunos interagem com as atividades

Alunos da 5ª série, 4º e 5º anos dão Shoow de conhecimentos históricos.
Agradecemos a Direção, Professores e alunos pela participação nas atividades propostas.

GRUPO DE COMERCIANTES DE ERNESTINA - ACIPAE - VISITAM O MDE

Um grupo de comerciantes visitaram o museu na noite do dia 17 de maio.
Momentos registrados de grande valia para a história da nossa cidade. Inúmeros relatos de fatos e acontecimentos de época foram motivos de muita descontração e aproximidade entre o grupo participante.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Alunos da Escola Municipal Educarte Participam da Abertura da Semana Museológica - 2011

Na abertura dos trabalhos Programados para a 9ª Semana Nacional de Museus - contou a participação da 5ª série da Escola Educarte.

SEMANA NACIONAL DE MUSEUS - PARTICIPE!! 16 A 22 DE MAIO

9ª Semana de Museus - Programação Ernestina - RS
O Museu Municipal Dona Ernestina convida a população da cidade e região para participar da sua programação dentro da 9ª Semana Nacional de Museus. As atividades acontecem durante todo o mês de maio e concentra-se sua programação entre os dias 16 a 22 de maio. A Semana Nacional de Museus acontece anualmente em celebração ao Dia Internacional dos Museus, 18 de maio. Durante uma semana instituições museológicas de todo o País promovem eventos em torno de um mesmo tema. Seminários, exposições, oficinas, espetáculos musicais, de teatro e de dança, mesas redondas, visitas guiadas, exibições de filmes e um diversificado conjunto de atividades compõem a programação.


A 9ª Semana Nacional de Museus - cujo o tema é Museu e Memória - vai contar com a participação de 1009 museus e oferecerá 3080 eventos. Em Ernestina o Museu Municipal que está localizado na Rua Cristiano Becker, 320 - centro, elaborou uma programação em alto nível, com ações que contemplam a tématica trabalhada nacionalmente.
Confira a programação:

04/04/2011 a 30/06/2011 - (08h - 17h)
Exposição Fotográfica - Em comemoração aos 11 anos do Museu Municipal Dona Ernestina – MDE E 23 anos do município. Espaç Temático de época (figurino e o público poderá tirar foto).
16/05/2011 a 29/07/2011 - (08h a 17h) – Ação Educativa – “Baú da Memória” – Você tem memória? Em um baú antigo com objetos e perguntas surpresas, os visitantes participam voluntariamente. O desafio é exercitar a memória: lembranças, fatos e curiosidades. Local: Museu Municipal Dona Ernestina.

16/05/2011 - 20/05/2011 - (08h a 17h) - Palestra – Museu Municipal Dona Ernestina – “Memória viva, agregador de conhecimentos, sabedorias, curiosidades de nossa gente”. Com a historiadora professora Angela Maria da Silva de Oliveira. Local: Biblioteca Pública Municipal Augusto Alfredo Koche.

Agendamento visitas: 54 3378-1053
E-mail: museudonaernestina@gmail.com.

Horário de Funcionamento: Segundas-feiras a sextas-feiras
Manhã: 08h a 11:30
Tarde: 13H a 17h

Ressaltamos que organização nacional da Semana de Museus fica a cargo da Sistema Brasileiro de Museus (SBM), juntamente com o IBRAM - Instituto Brasileiro de Museus e o Ministério da Cultura - Governo Federal.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Artigo: Projeto Mala Histórica - museu tinerante: história e aprendizagem - Uma Prática Museal

Ângela Maria da Silva de Oliveira, Historiadora, Professora efetiva da rede de ensino municipal de Ernestina-RS, Diretora do Museu Municipal Dona Ernestina e Coordenadora da Cultura e Turismo. Projeto: “Mala Histórica – Museu Itinerante: história e aprendizagem” que relata

a experiência de um projeto de mesmo nome, realizado desde 2006, que consiste em visitar escolas e instituições com uma mala datada da década de 70 onde são transportados 10 itens relacionados à chegada dos primeiros colonizadores de Ernestina e região. O objetivo principal é transformar o Museu Municipal Dona Ernestina em um museu diferenciado e comprometido com o resgate histórico, levando até as instituições educacionais a história e a cultura do município, de forma itinerante.
Na minha visão, isso significa promover uma prática museológica e educacional inclusiva e voltada para a cidadania, através do conhecimento do passado e presente numa visão de mundo futuro, onde a ludicidade e a sensibilidade se desencadeiam naturalmente.

(...) Há uma década a cidade de Ernestina conta com um ambiente elaborado e organizado para abrigar e resgatar a história do seu povo. O Museu Municipal Dona Ernestina (MDE) possui um acervo diversificado, com aproximadamente 700 peças, que vão desde objetos religiosos, utensílios domésticos e de decoração, até instrumentos de trabalho agrícola e acervo de fotos, entre outros, todos doados pela comunidade. (...)
O Museu Municipal Dona Ernestina, ao participar da 4ª Semana Museológica promovida pelo IPHAN em maio de 2006, lançou-se num desafio de visitar as escolas do município, apesar de as instituições já visitarem o local, principalmente durante esta semana comemorativa. (...) Surgiu então a ideia de utilizar uma mala para realizar as visitas, como se fosse uma viagem no túnel do tempo, com direito a uma bagagem pouco convencional, ou seja, objetos pertencentes ao acervo do museu. Ir ao encontro, retribuir as visitas, conhecer a realidade de cada escola, vivenciando as mesmas dificuldades de locomoção enfrentadas pelos alunos devido à localização na zona rural e promover um contato mais próximo da história dos antepassados com o presente de forma itinerante, foram os objetivos iniciais. A intenção era divulgar a história através da “mala”, desafio um tanto diferente, ousado e lúdico ao mesmo tempo. Isso oportunizaria tornar o MDE um museu mais dinâmico, vivo e presente no cotidiano de aproximadamente 500 alunos da rede de ensino estadual e municipal de Ernestina.
(...) Fatores como a pouca participação da comunidade com relação ao auxilio ao museu, e a própria ausência do público e a necessidade de ampliar o acervo contribuíram para de fato essa ação se concretizar. Na íntegra, o projeto vem proporcionando um despertar no interesse e um maior envolvimento por parte dos alunos, professores e comunidade, ocorrendo assim, automaticamente, aprendizagem de forma recíproca e mútua.
A valorização dos antepassados acontece através do contato com os objetos de maneira concreta, fortalecendo a sensibilidade e a imaginação de cada um, gerando assim mais vida ao Museu, já que se percebe que ocorre certa magia que invade o ambiente quando se toca em algo que até então era desconhecido. (...) O trabalho desenvolvido tem como base as ideias de Paulo Freire, que apontam a opressão e a libertação como estando presentes em uma educação voltada para a cidadania numa abordagem dialógica. (...)
As visitas do Projeto são mensais, agendadas com as escolas, e têm contado ainda com o auxílio da Secretaria Municipal de Educação do município (...). Devido ao fato de algumas escolas estarem localizadas na zona rural, o transporte é fundamental para que o Projeto se desenvolva. A colega Marli, sensibilizada, colocou à disposição o seu carro – um fusca 72 bege – para viabilizar o nosso acesso às escolas do interior. (...)
O Museu Municipal Dona Ernestina vem a cada dia buscando novas maneiras de transformar o seu espaço, estático e intocável em algo mais presente e plausível aproximando o passado do presente, com um olhar voltado para o futuro.
De acordo com Paulo Freire (Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996), “a necessidade de que educadores e educandos se posicionem criticamente ao vivenciar a educação, superam as posturas ingênuas ou ‘astutas’, negando de vez a pretensa neutralidade” (p.41). Foi desta forma que o sonho se tornou realidade. O projeto “Mala Histórica – museu itinerante: história e aprendizagem” vem avançando e superando as expectativas e consolidando o comprometimento do museu com a cultura.
(...) Cada professor/educador tem a sua crença pedagógica e, por isso, Paulo Freire lutava por uma educação inclusiva que fosse além de nossos tempos. Acreditava que um aprendizado básico na vida era saber reinventar todas as coisas, e que ensina quem realmente está aberto ao aprender, quem é capaz de escutar. (...) [É] importante destacar a acolhida e a recepção do museu itinerante nas escolas, o que é muito gratificante e uma experiência única. Os alunos, independentes de nível de escolaridade, estão sempre buscando saber quando será a próxima visita na classe para saciarem a curiosidade que a mala proporciona. Esse diálogo das peças com a história faz com que o professor responsável se aproxime dos alunos de maneira inexplicável e verdadeira. O respeito, a troca de experiências, de bagagem cultural e a aceitação para uma viagem ao tempo abrem possibilidades de acreditar no resgate histórico como ponto fundamental para a alta afirmação de sujeitos da própria história e agentes transformadores. É importante ressaltar, ainda, o carinho que os colegas professores dão ao abrirem as portas de suas salas de aula, não esquecendo que após a visita do projeto, fica combinado com a turma ou a escola retribuir a visita ao museu.
No início do projeto, foi necessário enfrentar algumas (poucas) dificuldades de interpretações e impressão – questionamentos em relação à utilização de uma mala, um utensílio tão velho numa época tão moderna. (...) Mas à medida que é contada a experiência deste projeto, (...) a preocupação de ir ao encontro dos alunos e a explicação da importância do museu e nossas dificuldades, desafios e conquistas, tudo se transforma. (...) O projeto na sua íntegra sofreu algumas alterações em seus planos, após a inscrição do Projeto no concurso Darcy Ribeiro em 2008, que premia as iniciativas culturais desenvolvidas em museus. Naquela oportunidade o projeto recebeu o terceiro lugar, como reconhecimento nacional. (...) Isso oportunizou o surgimento de vários convites para a apresentação do projeto em escolas e universidade da região. Com a criação do “Roteiro Turístico de Ernestina: Caminhos do Lazer e da Hospitalidade” e a inclusão do Museu como o primeiro ponto turístico, o reconhecimento é gratificante.
O ano de 2009 foi marcado por grandes surpresas, com grandes mudanças, inclusive com a venda do prédio que abrigava o Museu e a venda do fusca. (...) O novo imóvel não possui as mesmas características arquitetônicas e conta com espaço reduzido, assim, foram vários meses para adaptar os objetos e a ajuda era pouca. (...) Sonhamos que o projeto se expanda para outros municípios vizinhos, mesmo sem o fusca. O que se quer é difundir a ideia, sensibilizar para que outros projetos venham a ser desenvolvidos e até mesmo contribuir com aquelas cidades que ainda não têm museus. Agora a intenção é iniciar atividades para atingir as crianças da educação infantil, crianças com dificuldades de aprendizagem e classes especiais a participarem do projeto de maneira inclusiva, despertando conhecimento e tornando-os, assim, parte deste contexto histórico.
(...) Mesmo sendo um museu de porte pequeno, característico de cidade do interior, com recursos restritos e tamanha simplicidade, sempre estamos presentes e atendendo as iniciativas promovidas pelo Instituto Brasileiro de Museus.